Ontem tivemos connosco um missionário, o padre Manuel, que esteve 13 anos em Moçambique.
Contou-nos a sua experiência ...
Ser missionário não é privilégio de determinadas pessoas, mas a essência de ser cristã:
“Anunciar o evangelho é necessidade que se me impõe”. (I Coríntios 9:16). É um
compromisso de toda a comunidade que vive e transmite a sua fé. “Nenhuma
comunidade cristã é fiel à sua vocação se não é missionária”.
Ser missionário não é só percorrer grandes distâncias, ir para outros continentes, mas
é a difícil viagem de sair de si, ir ao encontro do outro, ir ao encontro do “diferente”, ir
ao encontro do marginalizado – o preferido de Jesus.
O evangelismo “com renovado ardor missionário” exige que a pregação do evangelho
responda aos “novos anseios do povo”.
Exige de mim, de você, de todos nós, uma abertura constante, pessoal e comunitária para
responder aos desafios de hoje. É a missão de fidelidade ao “envio” de Jesus: “Assim como
o Pai me enviou, eu também vos envio” (João 20:21). Sem entusiasmo e esta convicção,
arriscaremos perder a alegria do anúncio da boa-nova libertadora.
Como conseqüência deste assumir o compromisso missionário, nasce novo estilo de missões:
não levar, mas descobrir. Não só dar, mas receber. Não conquistar, mas partilhar e buscar
juntos. Não ser mestre, mas aprendiz da verdade. A missão nos permite criar novos laços,
novas relações, um novo jeito de olhar a vida, um novo jeito de ser igreja.
E aí vai o desafio: como eu posso ser missionário em minha casa, no trabalho e na comunidade
em que vivo? Assumo o compromisso de cristão, vivendo e transmitindo a boa-nova da paz,
da justiça, do amor, do perdão, da fraternidade, da acolhida?
...Ser missionário é fazer uma decisão radical de entrega total ao reino de Deus em prol da
promoção humana.
Extraído do Boletim nº 35/2003 da I. P. Vila Pinheiro, Jacareí-SP
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